domingo, 17 de outubro de 2010

O canto do uirapuru, uma despedida triste e três encontros alegres

Salve Jorge! que me escreveu assim: " cuidar é estar com, gerando um entre onde o lamento encontra um canto e um canto... ".  Interessante isso, pois hoje andei cantando como o Uirapuru. E cantando assim, despedi-me do talismã Gaiarsa. Também encontrei num passeio à pé por essa metrópole louca e linda  um canto pela igualdade, igualdade que não se faz só depois de ir à escola, pois assim a igualdade fica sempre adiada: The ignorant schoolmaster: five lessons in intellectual emancipation ( No Brasil: O mestre ignorante:  cinco lições sobre emancipação intelectual), do Jacques Rancière. Encontrando esse livro, reencontrei num lugar esplêndido do meu coração o Daniel Lins que me surpreendeu há um tempo atrás se chamando de "mestre ignorante".  Portanto, hoje tive  meu devir carpideira, muito triste pela morte do Gaiarsa,  e meu devir filósofia-alegre, pois o Daniel é sábio mestre na alegria.  Além disso, esse encontro no ciberespaço com você que é pra mim pura festa. Gaiarça, Rancière, Daniel e Bichuetti . Bela passarada. Cantoria de uirapurus. Para os tupis,  o uirapuru é um deus que toma a forma de pássaro e anda sempre rodeado por outros. E agora vou dormir, pois amanhã tenho nada menos que um devir iraniano. Vôo de véu. Canto persa. Alma sufi.


Um comentário:

  1. Marta, canta a vida e segue entre mestres quee como o velho Nietzsche são velhos passarinheiros... Gaiarsa vive... nas lições, na irreverência criativa e na força de mago...Daniel LIns, cada vez que leio, me encanta e me deixa com desejo de reencantar minha vida, os caminhhos e os sonhos... E você - feiticeira navegante das grandes utopias - arquiteta-nos o espaço dos bons encontros... Canta e en-canta... Beijos jorge

    ResponderExcluir