quarta-feira, 5 de maio de 2010

Fazendo rizoma de blogs

Construção de conhecimento
"(...)los modelos hegemónicos de producción investigativa tienen distintos ámbitos epistémicos de construcción de conocimiento. Mayormente son producciones acríticas, supuestamente desprovistas de lo valorativo e ideológico del sujeto y que traducen "la verdad" a secas; una verdad total a la cual nosotros tenemos que alinear.(...) Cualquiera que desee construir efectivamente algo en el campo de la investigación,(...), debe ser un gran cuestionador de lo obvio."

Gregório Khazi. La subjetividad y sus límites; influencias en la investigación. Exposición realizada en el Taller Seminario de Investigación Periodística, realizado en la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad Nacional de Lomas de Zamora.
Disponível no post de um  blog MUITO INTERESSANTE de Jorge Bichuetti: Utopia ativa.

Visualização de dados

Pessoal da PCS 5757, gostei demais de ler a reportagem  do Terra - Tecnologia sobre a brasileira Fernanda Viégas, considerada pela revista FastCompany, "uma das mulheres mais influentes do mundo". O trabalho dela, entre outros, é em visualização de dados.

Selecionei e colei abaixo alguns trechos da reportagem e da entrevista de Alexandre Rodrigues: Conheça Fernanda Viégas, brasileira que é a "senhora planilha" em que Fernanda diz: "A visualização é um meio de comunicação. É que nem escrever. A partir do momento em que se aprende a escrever, temos a oportunidade de fazer coisas muito distintas: desde provar um teorema matemático até escrever poesia. Assim é com a visualização de dados: através dela conseguimos fazer descobertas científicas, incentivar o debate público e até mesmo criar obras de arte que emocionam e engajam",...


Conforme Rodrigues, " Com a experiência, ela percebeu que infográficos podiam funcionar como ferramentas sociais. Foi o ponto de partida para o Many Eyes, projeto da IBM - onde começou a trabalhar em 2005 - criado em parceria com o designer Martin Wattenberg, no qual qualquer pessoa pode enviar dados e organizá-los visualmente. É possível navegar pelos dados alheios, interagir ou encontrar novos padrões. A ideia básica: é possível um gráfico sobre quase tudo. Sejam as principais palavras usadas por Barack Obama em seu discurso de posse como presidente dos Estados Unidos, seja o consumo de água em um condomínio."


Mais alguns trechos da entrevista "Todos nós adoramos espelhos" :  

Alexandre Rodrigues - Numa palestra em novembro, você ressaltou que reunir e analisar dados não é mais uma tarefa disponível apenas a pesquisadores. Para demonstrar, montou um gráfico sobre os personagens da novela Viver a vida. Pode existir um gráfico para tudo?

Fernanda Viégas - Existe um gráfico para todo assunto que você consiga destilar na forma de dados. Uma das mudanças mais interessantes dos últimos anos é a percepção de que dados não são somente números. Textos, imagens, sons, vídeos também são dados! Isso significa que estamos abrindo oportunidades de análise computacional sobre aspectos da vida humana que simplesmente não existiam antes. Por exemplo, podemos começar a analisar toda a literatura humana e tentar entender padrões que até agora eram desconhecidos. Podemos começar a estudar como diversas línguas evoluiriam em uma escala inimaginável há alguns anos.

Alexandre Rodrigues - A revista The Economist falou recentemente que estamos no alvorecer da "revolução industrial das informações". Considerando que os dados muitas vezes estão disponíveis, mas não organizados, como impedir que se percam ou se diluam?

Fernanda Viégas - A boa curadoria de dados online é difícil e poucas organizações têm uma abordagem efetiva nesse sentido. Não só é preciso saber agregar e organizar dados mas, na era da internet, também é necessário se pensar estrategicamente em como compartilhar esses dados com o resto do mundo. É importante fazer com que os dados sejam "acháveis" e "amigáveis" ao desenvolvedor. Para que os dados sejam facilmente encontrados, é crucial o uso de metadata - algum tipo de descrição sobre o conteúdo dos dados, de quando são, qual a fonte, etc. Com relação a formatos, arquivos que sejam diretamente legíveis por máquinas - XML, JSON, ou CSV - são sempre preferíveis a arquivos feitos para os olhos humanos - como PDF, por exemplo. Quando pelo menos um dos elementos acima está presente, há uma boa chance de que alguma pessoa ou comunidade começe a fazer bom proveito dos dados (visualizando, publicando artigos sobre o conteúdo), iniciando assim um ciclo virtuoso que incentiva um maior cuidado com a distribuição de dados.

Ilustrações: Fotos de trabalhos de Fernanda Viégas, copiados da galeria que ilustra a reportagem.