sábado, 30 de outubro de 2010

Em Nietzsche , o devir mulher dói. Há uma dor mulher em Nietzsche.


O jogo entre Apolo e Dionísio

Nietzsche compreende como jogo o intercâmbio entre dois estados de consciência humana representados por Apolo  e Dionísio.  O apolíneo e o dionisíaco têm entre eles um movimento incessante, o devir, produzindo formas, produzindo o mundo. A grande saúde consiste no eterno retorno desse jogo.

 


Apolo, para os gregos, é o  “Deus brilhante da claridade do dia, revelava-se no Sol. Zeus, seu pai, era o Céu de onde nos vem a luz, e sua mãe, Latona, personificava a Noite de onde nasce a Aurora, anunciadora do soberano senhor das horas douradas do dia.(...) Apolo, soberano da luz, era o Deus cujo raio fazia aparecer e desaparecer as flores, queimava ou aquecia a Terra, era considerado como o pai do entusiasmo, da música e da poesia.(...) Deus da Música e da Lira, Apolo tornou-se, como conseqüência natural, o Deus da Dança, da Poesia e da Inspiração.

Dionísio é o filho da união de Zeus com Sêmele, personificação da Terra em todo o esplendor primaveril da sua magnificência. O deus da mania e da orgia configura a ruptura das inibições, das repressões e dos recalques. Simboliza as forças obscuras que emergem do inconsciente, pois trata-se de uma divindade que preside a liberação provocada pela embriaguez, por todas as formas de embriaguez, a que se apossa dos que bebem, a que se apodera das multidões arrastadas pelo fascínio da dança e da música e até mesmo a embriaguez da loucura com que o deus pune aqueles que lhe desprezam o culto. Desse modo, Dionísio retrataria as forças de dissolução da personalidade: às forças caóticas e primordiais da vida, provocadas pela orgia e a submersão da consciência no magma do inconsciente.

Rizoma de Blogs
Uzina -  Utopia Ativa






APOLO E DIONÍSIO

JORGE BICHUETTI

Uma coroa de louros, um corpo escultural e belo...
A lira, a poesia e o trabalho árduo de ferreiro...
Um deus infalível, disciplinado e laborioso.

Uma taça de vinho, danças, festas e alegria...
Nos bacanais a ousadia de se experimentar o novo...
Um Deus vulnerável, pois encarna no teatro das intensidades
a condição de senhor e escravo dos prazeres.

Duas linhas, dois caminhos: a vida e suas faces...
um diálogo, um pacto - que tornaria o desejo,
vida e a vida, uma alegre e encantada viagem...

Contudo, só Apolo pode mobilizar este encontro divinal...
Pois, no excesso de alegrias e prazeres, Dionísio
vive meergulhado na euforia de seus festivais;
depois, embriagado e cansado, simplesmente, adormece...


Rizoma de blogs



Marta Rúbia de Rezende disse...




Jorge querido, o Utopia Ativa está cada vez mais tchans.


O Uzina inaugurou a sua Biblioteca CSO com dois textos seus. E também organizou o Rizoma de Blogs. Poucos e nobres. Piano, piano, se va lontano.


Beijos


Marta

30 de outubro de 2010 03:42




Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...


A idéia de rizoma de blogs é um acontecimento. Irá molbilizar entres criativos e es que nos permitirão devir sociedade de amigos em processo de invenções utópicas. jorge


30 de outubro de 2010 03:53

Daniel Lins

Devoremos o Daniel Lins. Ele é Demais.
Daniel
Dionísio-AriaDne.

" Mas, por onde passaria a ética da crueldade? Pela produção de conceitos, pela filosofia, pela visão que ambos [Nietzsche e Artaud] têm do homem e do mundo. Pelo processo contínuo de desconstrução que, soob o signo de um pensamento móvel, movediço, nômade, conhecedor-experimentador de muitos desertos, delineia as cartografias desejantes, os surtos da pele, os gritos molhados de uma epiderme em revolta constante contra o corpo da razão - em Nietzsche - , e contra o organismo em Artaud." Daniel Lins


Dos filosofos brasileiros, o Daniel Lins é the best, superbe. Sugiro um mergulho no melhor dele na rede:

Artigo:

Vídeos:
- Para uma metafísica do rock: Bob Dylan e Gilles Deleuze – Fernando Chuí e Daniel Lins

- A morte como acontecimento 




- Matéria do Uzinamarta:
 "Nietzsche e a apologia da beleza" anotações da palestra de Daniel Lins







BIBLIOTECA CORPOS SEM ÓRGÃOS

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Uzina - Utopia Ativa 


 
A Biblioteca CSO é inaugurada com dois textos de Jorge Bichuetti: