terça-feira, 12 de outubro de 2010

Metafísica da crueldade

Livros de filosofia da bondande?
Mata essa bobagem da escória.
Boa é a letra que escorre sangue.

União metaestável

Gays de várias nações querem o direito à união estável.
Sejamos claros, qualquer seja a língua: direito à herança.
Moi, quero a união que balança, tipo européia.
Gay ou não-gay, pero gay.
Direito de aprender novas línguas e linguadas,
dando risadas.

Palavras

Quem tem boca vai à Roma. Dizem.
Digo: quem tem boca, mente,
E quem tem a pena, dupla-mente.

Cru e nu

Quem tem cu, tem medo. É o que dizem.
E eu digo, quem tem cu tem desejo.

Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...

Viva Elis. Vivo o Hermeto.
Vivo Tom e viva a bossa. 
Só por causa do amor
ao meu filho Maurício.

Silêncio

"Tenho falado com quase ninguém, isto não é um “silêncio arrogante” mas, ao contrário, um silêncio bastante humilde, de um sofredor envergonhado em revelar o quanto sofre. Um animal rasteja para seu esconderijo quando está doente, e assim também faz la bête philosophe. Quão raramente uma voz amiga chega até mim! Estou agora só, absurdamente só. E no curso de minha guerra subversiva contra todo o homem que até agora tem sido respeitado e amado - a qual eu chamo de “transvaloração dos valores” -, eu mesmo me tornei sem perceber uma espécie de esconderijo, algo oculto, que você não poderá mais achar mesmo se for até lá procurá-lo, mas é claro que ninguém o faz."
Nietzsche - Cartas de 1888

Sem projeto

Este blog não tem consciência, unidade, objetivo, meta, metodologia. Não é produto. Se é alguma coisa, é grito, gaguejo, grunhido. Uma nau sem rumo e patrocina-dor.  

RIZOMA E RITORNELO DE BLOGS


Para  Jorge Bichuetti e seu post sobre ritornelo.


A máquina de gorjear
 Paul Klee

 As quatro estações - Outono - Vivaldi
Lara St John e Orquestra Simón Bolivar


Outono portenho
Astor Piazzolla



O ritornelo tem os três
aspectos, e os torna simultâneos ou os mistura: ora, ora, ora. Ora o caos é um imenso buraco negro, e nos esforçamos para fixar nele um ponto frágil como centro. Ora organizamos em torno do ponto uma "pose" (mais do que uma forma) calma e estável: o buraco negro tornou-se um em-casa. Ora enxertamos uma escapada nessa pose, para fora do buraco negro."
Deleuze e Guattari - Mil Platôs - Vol. 4 - Acerca do ritornelo