domingo, 30 de janeiro de 2011

CsO global


Um bando de vagabandos na minha cabeça. Hipertexto. Hipermídia. Corpo sem Órgãos. Deleuze. Guattari. Vidas cruzadas. Anti-édipos. Revolução no pensamento. Chega de papai e mamãe. Invente seu corpo sem órgãos. Trace. Trace como o homem da caverna traçou com o sangue. Imagem-potência. Mapa de corpo sem órgãos. Cinema. Faz tempo não vejo um filme bom, mas o cinema está sempre me povoando com a enorme memória social e pessoal. Histórias. Imagens. Sociedade da informação e do conhecimento? Homem primitivo. Cavernas. Maria Beltrão que mulher astral, fantástica obra de pesquisadora do sertão e das cavernas. Me faz lembrar outro Beltrão, serão irmãos? Tradutor de extensa e cavernosa obra do Zen Budismo e do Taoismo.  Minha cabeça não aguenta mais. Taoismo. Uno. Múltiplo. Bruno Latour e seus híbridos. Minha cabeça é um híbrido. Vários híbridos. Rizoma de pensamentos. Bagunça. Caos total. Pensador privado. Caverna. Já dizia Deleuze a respeito de Sartre em Meu mestre, texto lindo: é preciso um pouco de caos para pensar. A caverna é o retiro do pensador privado.  Mas Deleuze e Guattari também disseram  é precio um pouco de ordem para pensar, O que é a filosofia? Um pouco de ordem para poder pensar. Então, esqueço o Egito, as imagens do Egito. Ontem vi milhões de imagens dos países da África... Mama África. Se pensarmos bem, a África é o mundo.  Imagens. É preciso esquecer tudo isso. E adentrar o mundo pela caverna . Sentir vibrar o Corpo sem Órgãos do mundo. Presença transcedental. Sem decalques. Não a caverna de Platão. A caverna de Deleuze-Guattari. Qual é o problema dos simulacros?  

E eu adoro um decalque!!! Mas não há decalque possível para esse mundo vagabond. Talvez haja um. Esse vídeo lindo do Deleuze recitando Nietzsche ao som da banda Pinhas- Heldon. Reposto aqui. Repostarei mil vezes!!!!!!! Le voyageur. Considero esse vídeo uma obra prima, schizo-vídeo.




"Quem chegou, ainda que apenas em certa medida, à liberdade da razão, não pode sentir-se sobre a Terra senão como andarilho — embora não como viajante em direção a um alvo último: pois este não há. Mas bem que ele quer ver e ter os olhos abertos para tudo o que propriamente se passa no mundo; por isso não pode prender seu coração com demasiada firmeza a nada de singular; tem de haver nele próprio algo de errante, que encontra sua alegria na mudança e na transitoriedade." Nietzsche - O andarilho - Humano demasiadamente humano 
Na íntegra, o texto de Nietzsche, em francês: aqui.  



Um comentário:

  1. Somos nômades... o avesso, reverso e anti-verso dos homens infames... Nômade - cuja vida é umma intensa e incessante desterritorializaão e reterritorialização que nos dá os entre onde tecemos nossas linhas de fuga...
    Um nômade... um modo de existir onde é inerente e imanente um desejo-necessidade de ser artista, de sempre criar, do novo...
    Somos a audácia do grande livramento que nos diz Nietzsche no Humano demasiadamente humano...
    Abraços com a ternura do luar e com o cálido perfume do alvorecer,
    Jorge

    ResponderExcluir