domingo, 14 de novembro de 2010

Ponte

À beira desse rio,
em que sentei-me um dia com Lídia,
hoje penso em quanta merda 
nessa aldeia que não é aldeia,
e não é minha, e não é de Lídia,
é mais da Paris Hilton,
musa pagã dos decadentes.

Mas é nossa, de toda a gente,
é nossa a merda,
assim como é nosso o rio,
e nossas as crianças pobres
que vivem à  beira das águas podres
desse outrora nobre rio.

Vem Lídia, senta-te comigo novamente,
agora à beira da ponte,
não deixe de apreciar a obra suspensa,
já é bastante grande a vergonha
ao olhar a merda nas águas e entes.







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