sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Alegria, alegria!!!

Obrigada Landinho, Adriano, Vinício, Gegê que fizeram essa foto navegar até aqui. Nós!!!!!!!!!! Jovens. Troupe. Bando. Nômades. Festival de Inverno 1973. Ouro Preto. capital da contracultura
Nossos heróis de então: Judith Malina e Julian Beck. E Bené da Flauta!!!
Nossa causa: Liberdade
Nossas calças: Indigo blue
Nossos passeios: Cachoeiras, montanhas, lagoas, vilas, vilarejos, picos
Nossa comida: arroz integral, bardana, missô, torta de abóbara...
Nossos trabalhos: restauração de igrejas barrocas com o mestre Jair Inácio
Nossos estudos: Teatro com Celso Nunes ou com Jura Otera ou com Jonas Block; restauração e arte  na Faop com Jair Inácio, Amilcar de Castro, Nelo Nuno (falecido em 1973, aliás); Estética com Moacir Laterza. E por aí vai, muita coisa boa.... Coisas como Oscar Arraez, bailarino argentino, nos dando aula no Festival de Inverno... Rogério Escobar, música. Estudávamos Grécia com Laterza. Fizemos uma festa bacante pelas ruas de Ouro Preto até a Cachoeira das Andorinhas, onde caímos na água vestidos de lençõis , portando flores na cabeça, frutas, garrafas de vinho. Entramos na gruta. Banhamos assim. Dionísios. Deuses.
Nossas santa maluquices: 10 dias de arroz integral na cachoeira das Andorinhas, meia-noite subir para o Pico do Itacolomi, madrugada nadar na gruta.... Ir a pé pras festas de santos nos distritos. Poeira. Risadas.

Parece que foi ontem, mas faz tempo, tantas águas rolaram . Ficou a amizade. Ficou o amor. Ficaram alguns sonhos. Alguns se partiram. Partiram. Racharam. Fissura. A roda girando. E essa foto chegou numa hora hora boa da roda. Eterno retorno da  Alegria, alegria!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Eu, de casaquinho branco, atrás está a Betina (arquiteta paulista, nunca mais a vi) , no meio, o saltitante Landinho Ramos, ouropretano, ladeado pelos amigos desde a infãncia ouropretana do Rosário:  Silvinho e Vinício Godoy. Os outros eu não sei. Talvez o Gélcio Forte e o Vandinho. Éramos tantos. Não importava muito o nome, não importava nada de onde veio, para onde vai. Importava ali, o encontro. E  o que vamos fazer?  Á noite dançávamos na praça Tiradentes , tudo improvisado, coro, roda, nada mais nada menos do que o jovem, colega nosso no curso de teatro, futuro grande diretor teatral, Iacov Hilel, nos conduzia na rodas cada vez maiores. Solta alegria. E os homens da ditadura de olho na meninada. De madrugada, curtir a neblina... sumiço do real... apareciam os Inconfidentes. E a voz da Cecília Meireles das escadarias da Igreja do Carmo, em eco: "não fica a bandeira escrita, mas fica escrita a sentença".



Um comentário:

  1. Marta, há boa inveja?
    LIndos, Lindas paisagens e linda vida...
    Como um corpo tão antigo e tão re-visitado pelos que estriam a história, se mantêm , como Ouro Preto, um CsO?
    Abraços Jorge

    ResponderExcluir