sábado, 4 de dezembro de 2010

Fissura V - poema




FISSURA


Era uma flor de cristal,
uma estrela cintilante,
um caminho, uma vida
com a dor dela distante...
O cristal despetalou-se...
Num jogo da fronteira,
onde ruídos e silêncios,
enovelaram-se na lida



da liberdade arteira...
Agora, esta fissura
é um oco, um abismo,
que só o vôo da ternura
pode num psicodelismo
reinventar o caminho,
reatar os fios e os elos,
da vida de passarinho...



Voa, então, liberdade;
andarilha se aninhe
e efetue sua viagem
com asas de passarinho...

Voa, voa, liberdade,
deslize pela fronteira,
devind-se vida plena
no canto do passarinho....

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